Todos nós as usamos. Passamos mais de metade da nossa vida escondidos por detrás delas para atingir os nossos interesses.
Eu própria, mal acabo de acordar, a primeira coisa que faço é abrir a gaveta e tirar de lá uma máscara que se adeqúe ao que pretendo fazer nesse dia. Não considero uma falha de personalidade, mas acho sim, que para nos camuflarmos devidamente do mundo, é preciso ser-se inteligente. É necessário ter-se noção da sociedade que nos envolve e de saber qual a melhor maneira de nos proteger contra tudo que nos possa causar mal. Vivemos numa sociedade hipócrita, sempre mascarada e pronta a apontar-nos o dedo à primeira falha, esquecendo-se dos seus próprios tectos de vidro. Se queremos sobreviver temos de aprender a usar as nossas diversas máscaras.
Somos seres naturalmente egoístas, fingimos simpatia, autoconfiança, inocência, forçamos amizades por interesse. Usamos e somos usados constantemente sem dar por isso. Para usar pessoas é preciso manipula-las, para as manipular temos de recorrer às nossas máscaras, quer seja para encantar ou quer seja para intimidar. Precisamos constantemente de recorrer aos nossos disfarces para obtermos o que queremos.
A vida não passa de um teatro que todos nós temos de representar sem nos dar ao luxo de errar, porque quando erramos não há volta a dar, a máscara cai juntamente com todas as teias de mentiras criadas à sua volta.
O bom das máscaras é que por quanto mais as usamos, melhor conseguimos ver através das dos outros, apercebendo-nos com quem lidamos diariamente.
Uso muitas máscaras. São elas que me protegem. Não me hão de voltar a apanhar desprotegida. Não vou voltar a ser um isco fácil. Sou a primeira pessoa a dizer que sou uma cabra que é capaz de fazer tudo que estiver às minhas mãos para conseguir o que quero. Quer seja para mim quer seja para aqueles de quem gosto. Aprendi a usar bem as minhas máscaras. Fui usada e agora sou eu que uso. Agora só me usa quem eu permito que o faça. Doeu mas valeu a pena. Tornei-me realista e sei como lidar e o que esperar da espécie humana. Agora consigo ver em quem posso realmente confiar e em a quem me posso mostrar tal como sou. Sem máscaras.
Tudo que eu quero é descobrir o meu lugar para poder finalmente guardar todas as minhas máscaras e ser feliz no meio das pessoas que me aceitam tal como sou, e com as escolhas que faço. Viver sem receio de voltar a ser apunhalada nas costas. Um lugar onde possa realmente descansar em paz.
Isso ou então tornar-me um ser ignorante, porque acho que se não fosse tão observadora e não pensasse tanto, era ingénua e não me apercebia da crueldade da minha espécie a meu redor. E assim era capaz de ser mais feliz.
Eu própria, mal acabo de acordar, a primeira coisa que faço é abrir a gaveta e tirar de lá uma máscara que se adeqúe ao que pretendo fazer nesse dia. Não considero uma falha de personalidade, mas acho sim, que para nos camuflarmos devidamente do mundo, é preciso ser-se inteligente. É necessário ter-se noção da sociedade que nos envolve e de saber qual a melhor maneira de nos proteger contra tudo que nos possa causar mal. Vivemos numa sociedade hipócrita, sempre mascarada e pronta a apontar-nos o dedo à primeira falha, esquecendo-se dos seus próprios tectos de vidro. Se queremos sobreviver temos de aprender a usar as nossas diversas máscaras.
Somos seres naturalmente egoístas, fingimos simpatia, autoconfiança, inocência, forçamos amizades por interesse. Usamos e somos usados constantemente sem dar por isso. Para usar pessoas é preciso manipula-las, para as manipular temos de recorrer às nossas máscaras, quer seja para encantar ou quer seja para intimidar. Precisamos constantemente de recorrer aos nossos disfarces para obtermos o que queremos.
A vida não passa de um teatro que todos nós temos de representar sem nos dar ao luxo de errar, porque quando erramos não há volta a dar, a máscara cai juntamente com todas as teias de mentiras criadas à sua volta.
O bom das máscaras é que por quanto mais as usamos, melhor conseguimos ver através das dos outros, apercebendo-nos com quem lidamos diariamente.
Uso muitas máscaras. São elas que me protegem. Não me hão de voltar a apanhar desprotegida. Não vou voltar a ser um isco fácil. Sou a primeira pessoa a dizer que sou uma cabra que é capaz de fazer tudo que estiver às minhas mãos para conseguir o que quero. Quer seja para mim quer seja para aqueles de quem gosto. Aprendi a usar bem as minhas máscaras. Fui usada e agora sou eu que uso. Agora só me usa quem eu permito que o faça. Doeu mas valeu a pena. Tornei-me realista e sei como lidar e o que esperar da espécie humana. Agora consigo ver em quem posso realmente confiar e em a quem me posso mostrar tal como sou. Sem máscaras.
Tudo que eu quero é descobrir o meu lugar para poder finalmente guardar todas as minhas máscaras e ser feliz no meio das pessoas que me aceitam tal como sou, e com as escolhas que faço. Viver sem receio de voltar a ser apunhalada nas costas. Um lugar onde possa realmente descansar em paz.
Isso ou então tornar-me um ser ignorante, porque acho que se não fosse tão observadora e não pensasse tanto, era ingénua e não me apercebia da crueldade da minha espécie a meu redor. E assim era capaz de ser mais feliz.
3 comentários:
Já dizia Shakespeare:
All the world's a stage,
And all the men and women merely players:
They have their exits and their entrances;
And one man in his time plays many parts.
Certo?
In Vino Veritas...
... In Aqua Sanitas
:)
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