Estimados senhores,
É com um peso no peito que venho por este meio exprimir tamanho desagrado pelo que ultimamente se anda a passar à minha volta.
Como costumo dizer, a espécie humana não passa de uma espécie interesseira e manipuladora. Neste mundo toda a gente usa toda a gente para proveito próprio. Pessoas. As pessoas têm utilidade. Servem para as mais diferentes coisas. Fazer companhia, falar, passear, divertir, enganar, magoar... Pessoas são como objectos. Todos nós somos objectos às mãos dos outros.
Sendo nós humanos, seres sociais, não nos sentimos completos quando nos encontramos sozinhos. Precisamos uns dos outros para nos sentirmos bem. Utilizamos-nos tal como se utilizam objectos. E tal como os objectos, só os utilizamos enquanto estes nos agradam e funcionam como queremos que funcionem.
Espero que compreendam onde quero chegar.
Uma pessoa é-nos útil enquanto está de acordo com as nossas definições de aceitável. Quando começam a funcionar de maneira diferente e não nos agradam, deitamos-las fora ou guardamos numa gaveta, esquecendo-nos delas. Depende de cada pessoa, existem umas mais extremistas e outras mais nostálgicas, que, apesar de já não apreciarem o objecto, guardam-no de modo a mais tarde, eventualmente, os virem a recordar. Ou então simplesmente esperam que possam voltar a ser úteis.
Tenho muita pena de me ter estragado, ao começar a pensar mais em mim própria.
Tenho muita pena de já não me encaixar nas ideologias de aceitação de seus excelentíssimos.
Tenho muita pena por saber pensar por mim própria.
Tenho muita pena de não me deixar influenciar tão facilmente.
Tenho muita pena por não vos ter dado ouvidos.
Tenho muita pena por lutar pelo que quero.
Oh, a quem quero eu enganar. Não tenho pena de nada. Não me arrependo de nada que fiz. Tenho a minha consciência limpa.
Tenho é pena da vossa mentalidade distorcida que se diz aberta, mas que depois censura as acções que os outros fazem, apesar de vocês próprios não fazerem melhor. Tenho pena também da vossa mentalidade tomar como factos completamente verídicos tudo que os vossos adorados amigos dizem. Mas pena, pena, é esses amigos tão unidos andarem aos segredinhos uns com os outros, pelas costas dos próprios.
Critiquem o que quiserem. Digam que no final sempre tiveram razão. Que não ia dar em nada, que não prestava e que merecia melhor. Como pareciam preocupados com o que me pudesse suceder ao início...
Foi uma chatice descobrir às minhas custas que se não fazemos para agradar os outros, somos riscados da lista.
Sintam-se agora triunfantes e donos da razão. Pouco me importa o que pensam. Não me arrependi de nada.
Sai vencedora de qualquer das maneiras. Agora sei em quem realmente contar. Enquanto vocês diziam "não", os outros diziam "faz, só me interessa que sejas feliz, qualquer coisa, conta comigo". E realmente pude contar.
Pode ter sido curto, mas provavelmente mais verdadeiro do que o tempo que outrora perdi.
Não vos guardo qualquer rancor, apenas cicatrizes no orgulho.
Espero do fundo do meu coração que sejam felizes.
É com um peso no peito que venho por este meio exprimir tamanho desagrado pelo que ultimamente se anda a passar à minha volta.
Como costumo dizer, a espécie humana não passa de uma espécie interesseira e manipuladora. Neste mundo toda a gente usa toda a gente para proveito próprio. Pessoas. As pessoas têm utilidade. Servem para as mais diferentes coisas. Fazer companhia, falar, passear, divertir, enganar, magoar... Pessoas são como objectos. Todos nós somos objectos às mãos dos outros.
Sendo nós humanos, seres sociais, não nos sentimos completos quando nos encontramos sozinhos. Precisamos uns dos outros para nos sentirmos bem. Utilizamos-nos tal como se utilizam objectos. E tal como os objectos, só os utilizamos enquanto estes nos agradam e funcionam como queremos que funcionem.
Espero que compreendam onde quero chegar.
Uma pessoa é-nos útil enquanto está de acordo com as nossas definições de aceitável. Quando começam a funcionar de maneira diferente e não nos agradam, deitamos-las fora ou guardamos numa gaveta, esquecendo-nos delas. Depende de cada pessoa, existem umas mais extremistas e outras mais nostálgicas, que, apesar de já não apreciarem o objecto, guardam-no de modo a mais tarde, eventualmente, os virem a recordar. Ou então simplesmente esperam que possam voltar a ser úteis.
Tenho muita pena de me ter estragado, ao começar a pensar mais em mim própria.
Tenho muita pena de já não me encaixar nas ideologias de aceitação de seus excelentíssimos.
Tenho muita pena por saber pensar por mim própria.
Tenho muita pena de não me deixar influenciar tão facilmente.
Tenho muita pena por não vos ter dado ouvidos.
Tenho muita pena por lutar pelo que quero.
Oh, a quem quero eu enganar. Não tenho pena de nada. Não me arrependo de nada que fiz. Tenho a minha consciência limpa.
Tenho é pena da vossa mentalidade distorcida que se diz aberta, mas que depois censura as acções que os outros fazem, apesar de vocês próprios não fazerem melhor. Tenho pena também da vossa mentalidade tomar como factos completamente verídicos tudo que os vossos adorados amigos dizem. Mas pena, pena, é esses amigos tão unidos andarem aos segredinhos uns com os outros, pelas costas dos próprios.
Critiquem o que quiserem. Digam que no final sempre tiveram razão. Que não ia dar em nada, que não prestava e que merecia melhor. Como pareciam preocupados com o que me pudesse suceder ao início...
Foi uma chatice descobrir às minhas custas que se não fazemos para agradar os outros, somos riscados da lista.
Sintam-se agora triunfantes e donos da razão. Pouco me importa o que pensam. Não me arrependi de nada.
Sai vencedora de qualquer das maneiras. Agora sei em quem realmente contar. Enquanto vocês diziam "não", os outros diziam "faz, só me interessa que sejas feliz, qualquer coisa, conta comigo". E realmente pude contar.
Pode ter sido curto, mas provavelmente mais verdadeiro do que o tempo que outrora perdi.
Não vos guardo qualquer rancor, apenas cicatrizes no orgulho.
Espero do fundo do meu coração que sejam felizes.
Cavaquinhas, Seixal, 22:29h, 21 de Março de 2010
Sandra
3 comentários:
Mas as pessoas são objectos, mas dizer e admitir isso nem é mau, é bom!
Todos temos utilidades, seja trabalhar até ao fim dos dias para os teus filhos comerem, ou estarmos sentados que nem bibelots numa sala de aula. Podia mandar exemplos ad infinitum.
Mas claro, da mesma maneira que usas mal uma escova, usas mal uma pessoa. Um mau uso, estraga.
Uma pessoa é esquecida como um objecto, um par de patins, arruma-mo-los para daqui a anos os irmos buscar. Os patins já não servem e as pessoas mudaram.
Há que seguir em frente.
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